Ah segunda-feira meu dia preferido da semana! Nada como inaugurar uma sessão fixa (ou não) de reviews aqui no blog. Como não consegui achar um nome melhor para ela, decidi batiza-la como Leitura de Trem, já que normalmente eu uso o tempo que passo dentro de um vagão espremido feito sardinhas em lata para ler. Sorte de vocês que eu não leio mais no banheiro…
E a leitura escolhida foi a recém lançada Grandes Astros do Faroeste 01 da Panini, (formato americano, capa cartão, lombada quadrada, 180 páginas, papel LWC, R$ 21,00), que situa o caçador de recompensas mais fodão e feio de todos os tempos Jonah Hex na cronologia do Universo DC pós-reboot, o colocando na Gotham City do final do século 19
Com isso temos uma série de referências ao atual momento cronológico do Universo DC e obviamente à mitologia do Batman. Para se ter uma idéia, o side-kick involuntário de Hex na história é Amadeus Arkham, que acaba funcionando como o fio condutor desse primeiro arco de histórias.
Recentemente comprei os 6 volumes anteriores ao reboot e publicados aqui pela Panini, e confesso que uma das coisas que mais gostei foi o fato de a maioria das histórias podiam ser lidas independentemente, ela fluíam bem sem amarras da cronológica.
Outra coisa legal dessa fase é que havia uma rotatividade entre os desenhista. Começou com o brasileiro Luke Ross, passando pelo criador do personagem, Tony DeZuniga (recentemente falecido) e Darwin Cooke.
Isso tudo se perde em Grandes Astros do Faroeste. Fica claro que agora as histórias seguirão uma linha cronológica e que, possivelmente, vão causar impacto na Gotham moderna do UDC. A arte passa ser fixa, feita pelo desenhista Moritat, que confesso que não sei muito se gostei. É um estilo um pouco sujo, puxado mais para quadrinho europeu, e varia muito de página para página provavelmente isto éintencional, mas preciso digerir um pouco mais. Ponto a favor que pelo menos foge bastante do padrão do que vem sendo publicado por aí.O texto continua ótimo como antes, pois foi mantida a dupla Justin Gray e Jimmy Palmiotti na criação.
Se você não leu nada sobre Jonah Hex, eu recomendaria que você caçasse um dos 6 volumes publicados pela Panini aqui no Brasil antes de ler Grandes Astros do Faroeste. E mesmo que você não pretende ler a nova revista, recomendo a série anterior como boa e descompromissada leitura.
Já se você é fã do cara que “perambula por todo o Velho Oeste apenas com a companhia da morte e do cheiro acre da pólvora de seu revólver” apesar do preço salgado, é uma aquisição obrigatória.
Nota estilo Aracy de Almeida:
VAI LEVAR 7 PÁÁÁUSZ.
(De 10 PÁÁÁUSZ disponíveis)
