Já  falamos dos Irmãos Wachowski na nossa sumida (porque dá trabalho de ser feita) coluna “Onde foi que eles erraram?” que no final citava o novo filme dos caras com o diretor Tom Tykwer, Cloud Atlas como a chance de redenção deles perante à crítica e público.

O filme estréia hoje nos UZA, e apesar de eu não ter visto, mas minha filha viu e disse que é muito bom o grande público não ter visto, a crítica especializada já fez uma série de reviews e eu decidi copiá-los para descobrir o que eu acho do filme.

A proposta do filme é bem ambiciosa, pois  e é uma adaptação  de um livro que conta 6 estórias diferentes, em épocas diferentes, com personagens diferentes, com um elenco estelar, com os atores desse elenco vivendo diferentes personagens em cada estória, cheio de efeitos especiais e com quase três horas de duração. Só por essa breve descrição já dá para imaginar que não é o mais simples dos roteiros para diretores que estão há um tempão sem acertar nada se arriscarem. Muito menos um filme de fácil assimilação para o grande público. As chances dos caras falharem novamente são grandes, restando a eles apenas viver  com todo luxo possível em suas  mansões milionárias.

Para ver a recepção da crítica fui primeiro ao IMDB ver a nota dele, que no momento está bem alta 8.4 de 10, mas lá é aberto para a votação do público também. Já no Rotten Tomatoes, que faz uma média das opiniões e notas publicadas pelos críticos,o filme não vai tão bem: está com apenas 59% de aprovação.

Li duas críticas uma falando muito bem e a outra meio que na farofa fazendo chacota com o filme:

O Collider deu uma nota 8.7 de 10 e se desmanchou em elogios ao filme:  que a edição é excelente, que apesar da estória ser complexa o espectador não fica perdido nela, que o filme em si é maior que a soma dos 6 contos e arremata:

O tipo de imaginação para um filme como esse – que transcende em  gênero, mudanças e identidades- requer um certo tipo de genialidade. E Lana, Andy e Tom Tyker mostraram essa genialidade em Cloud Atlas.

Pourras!

Já Mike Ryan no Huffington Post deu uma trollada e publicou um artigo com o nome “O Quanto Cloud Atlas é confuso? E outras 24 questões urgentes.

Eis algumas delas:

P: As 3 horas de Cloud Atlas, Fazem você se sentir como se passassem realmente 3 horas dentro do cinema?

R: Sim, talvez um pouco mais.

P: Isso quer dizer que o filme é entediante?

R: Não, mas é muito denso. Quer dizer, tem um monte de coisa acontecendo no filme. Na verdade é um dos mais extraordinários filmes que eu já vi. Mas só porque uma coisa é extraordinária, não significa necessariamente que ela seja agradável.

P: Você pode fazer uma analogia ruim para explicar  sua resposta das questões acima?

R: Claro. Um buraco negro é um fenômeno extraordinário. Mas ser espaguetificado por ele não é uma experiência agradável. Pelo menos é o que eu presumo.

P: Qual é o maior problema de Cloud Atlas?

R: Com a constante mudança entre estórias, eu não consegui ficar ligado tempo o bastante para me conectar com determinado personagem. Ou quando eu começava a me sentir conectado com o filme, eles trocavam por uma estória menos atraente.

P: Você recomendaria as pessoas irem assistir Cloud Atlas?

R: Levando-se em conta o efeito “Você provavelmente nunca vai ver algo tão extraordinário assim novamente”, sim eu recomendaria. Mas tenha em mente que você pode ser espaguetificado durante o processo.

Para ser honesto essa última crítica foi a que realmente me deixou com vontade de ver o filme e acho que a que mais vai se aproximar da real repercussão do filme: Será um bom filme, mas dificilmente agradará a todo mundo.

Ou não.