Quando rever um filme que fez você “pirar o cabeção” estraga a experiência inicial.
Uma das críticas mais recorrentes aos grandes filmes lançados esse ano foi: ” Ah, assisti uma segunda vez e não achei grandes coisas”.
Tá, mas a culpa é toda sua!
Claro, você pode ver quinhentas caralhões de vezes o mesmo filme, afinal vivemos em uma realidade virtual controladas pelas máquinas com a falsa sensação de liberdade, mas querer rever um filme na busca daquela sensação PUTAKEPARILKIFILMEDUCARAÍ ! que lhe acomete logo após sair do cinema é um erro.
Isso é para pouquíssimos filmes ou para filmes que você viu chapado e esqueceu quase que completamente.
Além do motivo óbvio da falta do fator surpresa, muito do fator emocional contido na sua relação com o filme dá aquela mascarada naqueles errinhos bobos e furos de roteiros que vão lhe incomodar quando você estiver conversando com seus amigos nerd rabugentos sobre o filme ou quando estiver lendo os reviews escritos pela internet por nerds rabugentos.
Para exemplificar os dois maiores exemplos dessa síndrome nesse ano: Os Vingadores e Batman: The Dark Knight Rises. Garanto que todo fã de quadrinho e cultura pop em geral saiu embasabacado do cinema na primeira vez que assistiu. E não tinha como ser o contrário. Vingadores trouxe o climão de gibi para as telas, enquanto o terceiro filme do Batêma fechou magistralmente aquele universo.
Coisas que você nao reparou na primeira fez que viu Os Vingadores!
Mas depois de algumas semanas começou: ” na terceira vez que assisti vi que o Chris Evans é um péssimo Capitão América” ou ” Como o Batêma voltou para Gotham se ele estava no outro lado do mundo fudido e sem dinheiro.” e finalizando: ” Já não achei grandes coisas…”
Como assim não achou? Todos os pseudos-erros estavam lá na primeira exibição e se não interferiram na sua opinião na ocasião, por que querer retroagir e invalidar parte dos sentimentos iniciais sobre o filme?
Cuequinhas verdes nao aprovam esse trailer.
Não acredito que um diretor em algum momento durante as filmagens pense: ” Humm, vamos refazer essa cena que na terceira vez que a pessoa assistir ela pode questionar essa passagem aqui”. Ele quer apenas lhe dar umas 2 horas de diversão ou lhe passar a sua visão de determinado tema. Em alguns casos ambos. E só.
Claro que os estúdio contam com uma graninha extras vinda dos DVDs e Blu-rays, mas a compra de nossos filmes preferidos nesses formatos é pura punhetagem. Se você tem o hábito de comprá-los dou a cara do @Narigolas à tapa se você não tem pelo menos um filme “nu prástico”, novo em folha na caixinha e que, provavelmente, só re-assistiu quando passou na Tv a cabo ou quando “apareceu” no Netflix-With-Laser.
Então a dica do pau no cú chato oficial desse pardieiro no último dia do ano é: Se ao subir as letrinhas você está com um sorrisão no rosto dê-se por satisfeito. E se tiver oportunidade de assisti-lo novamente fique ainda mais satisfeito por ter encontrado tempo para fazê-lo isso já não é pouco hoje em dia.
Não o desperdice procurando pelo em ovo.
