Nesse capítulo de nosso E! True Hollywood Story dos pobres, vamos discorrer sobre vida e obra de um dos artistas mais importantes e revolucionários dos quadrinhos, que com o passar dos anos acabou se tornando um um reacionário totalmente pirado incapaz de escrever algo passível de ser lido.
Frank Miller junto com Alan Moore no ano de 1986 mudaram para sempre as histórias em quadrinhos com o Batman, O Cavaleiro das Trevas e Watchmen respectivamente.
Ambas empurraram os quadrinhos para temáticas mais adultas, mas se a obra-prima de Moore é muito mais complexa com inumeráveis referências da época e utiliza versões alternativas de personagens da Charlton Comics recém adquiridos pela DC, o Cavaleiro das Trevas de Miller é uma obra atemporal que mostra um futuro distópico, amplamente copiado em inúmeros filmes e tem como mérito maior a coragem de mexer em um vespeiro, já que utilizou um personagem icônico como o Batman e obtendo um retumbante sucesso de público e crítica.
E Cavaleiro das Trevas foi só a cereja do bolo das obras de Miller nos anos 80/90 Elektra Assassina, Demolidor a Queda de Murdock, Ronin, Batman Ano Um, Sin City e 300 de Sparta, facilmente figuram nas listas de melhores quadrinhos de todos os tempos, além de uma série de trabalhos em revistas mensais da Marvel e da DC sempre em excelente nível.O único fora do Miller nessa época foi em outra mídia, no cinema muito por conta da expectativa criada qundo foi anunciado que ele seria o responsável pelo roteiro de Robocop 2. Não foi nenhum fracasso de público, mas a crítica caiu de pau. Em defesa do escritor reza a Wikipédia a lenda que o roteiro escrito por ele sofreu muitas mudanças nas mãos dos produtores.
Ok, compramos essa naquela época! O escritor ainda preservava o status de gênio, não poderia ter escrito uma bomba como aquela. Mas aí vieram os anos 2000 e Miller resolveu fazer uma seqüência de Cavaleiros das Trevas e enquanto ele escrevia o título é que talvez tenha acontecido o ponto de ruptura na vida de Miller: O 11 de setembro. Especula-se que ele reformulou quase toda a estória por conta do ataque terrorista e sofreu diversos bloqueios criativos e estes seriam os principais motivos pelo atraso da série, as três edições demoraram quase um ano para sair. E quando saiu, vendeu horrores, mas a recepção da crítica na época foi morna,porém ainda referente por ter o nome de Miller envolvido. Hoje é considerado uma bomba sem tamanho, só não superada em ruindade pelos seus trabalhos posteriores:
A bobagem All Star Batman and Robin:
E o terrível Holly Terror:
Este último além de ruim é polêmico por mostrar um Batman Genérico (originalmente era para ser uma história do Batman, mas a DC teve bom-senso e não levou o projeto para frente) espancando terroristas muçulmanos. O problema é que de uns anos para cá, para Miller, todo muçulmano é terrorista, o escritor cansou de dar declarações para lá de agressivas contra árabes e seguidores da religião.
Para piorar, no ano passado em seu blog pessoal Miller disse que os manifestante do movimento Occupy Wall Street, não passavam ” De um bando de arruaceiros, ladrões e estupradores que não prestavam para nada além de ameaçar a América”, indo contra o caráter contestador que permeou quase tudo que ele escreveu em seu período áureo:
A única bola dentro do escritor nos últimos anos foi o filme baseado em Sin Cit em que ele é creditado como co-diretor, mas na verdade ele funcionou mais como um consultor criativo. Quer dizer, o filme é do Robert Rodriguez que provavelmente creditou a direção à Miller para que ele liberasse adaptação cinematográfica de sua cria.
Infelizmente o quadrinista se empolgou com o sucesso e tentou dar vida um clássico dos quadrinhos no cinema: Spirit de Will Eisner. Ele empregou a mesma técnica usada em Sin City, um estilo que não tinha absolutamente nada a ver com a obra original.Will Eisner deve ter dançado uma macarena no túmulo de desgosto.
Em outubro de 2013 a “parceria” Rodriguez/Miller deve se repetir e só espero que o diretor mantenha Frank em uma camisa-de-força bem reforçada para que este não estrague tudo, pois no caso de Frank Miller não se trata só de se descobrir onde ele errou e sim onde foi que ele surtou completamente.




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