Prometido para março, foi só no início de abril que o encadernado do volume 3 de Corporação Batman chegou nas bancas.
Das três edições lançadas no Brasil, esta talvez tenha sido a mais aguardada, afinal ela contém material produzido pós-novos 52, é o penúltimo encadernado da série e se você tem o mal hábito de freqüentar este blog sabe que lá encontrará as últimas histórias de Damian Wayne pelas mãos de Grant Morrison.
Corporação Batman – Volume 3 traz as edições americanas de 1 à 6 mais a edição especial 0, pois lá nos EUA a numeração da revista foi zerada pós-reboot. Mas não pense que por conta disso isso a série foi reiniciada ou coisa do tipo. Tirando uma citação ou outra à série “Batman and Robin”, Morrison mantém o ocorrido nas edições anteriores passando por cima como um trator da atual cronologia do Universo DC.
Isso não é bom nem ruim, afinal o que interessa é a história ser boa, mas pessoalmente não consigo deixar de me sentir incomodado essa aparente falta de definição entre ela ser uma série fechada ou ser parte do universo regular. Mas isso é pura punhetação de nerd bobo.
Voltando ao que interessa, esse terceiro volume funciona como uma preparação para grande batalha que está por vir é cheio de reviravoltas, além de deixar claro (agora que sabemos o que vai ocorrer) desde o início as intenções trágicas do escritor para o futuro de Damian. Temos um vislumbre do passado que nos dá mais detalhes de Talia e de como ela se tornou uma vilã tão ou mais ameaçadora que o próprio pai e uma visão do futuro, mostrando Damian como Batman em uma Gotham destruída.
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Futuro esse que sabemos que não vai acontecer. Ou vai?
Quanto a arte, o traço de Chris Burnham cai como uma luva para o ritmo frenético, aventuresco e cheio de referências à histórias antigas de Corporação Batman. Mesmos nos momentos mais pesados o traço um pouco mais caricatural do ilustrador faz um interessante contraponto.
(APAGAR A FRASE ACIMA, SOA PRETENCIOSA COMO SE EU REALMENTE SOUBESSE DO QUE EU ESTOU FALANDO)
Do material publicado aqui no Brasil, achei esse terceiro volume o mais bacana até agora e aguardo ansiosamente o próximo encadernado que deve conter as últimas edições do título, que se encerará na edição americana de número 13. Analisando a série como um todo ainda acho bem abaixo de outras séries escritas por Morrison, mas ainda é acima da média do que costuma ser publicado em quadrinhos do gênero.
E diverte bastante.
Nota:
7 Bat-Vacas
de 10 Bat-Vacas Disponíveis
Sim, tem isso na revista:
Morrison = gênio
@fabiotec= namorado do Morrisson
Por incrível que pareça, na edição 9 americana (Requiem) tem uma “cena” com a Bat-vaca que quase me fez chorar… :s
Por increça que parível o conceito é ridículo, mas funciona dentro do clima da série.
Você deve ser um virgem de 40 anos que mora com os pais.
Ah, quem me dera…
Mas não chego a ser tudo isso não…