Após a morte de Damian, a aparição de Carrie Kelley foi a gota que faltava para deixar todo o bat-verso em polvorosa e deixar os leitores mais ouriçados que morcega no cio.
“Kelley vai ser o nova Robin? Damian voltará dos mortos? Vai haver um novo Robin? Se houver ele vai voltar a usar sunguinha verde?”
O escritor do título “Batman e Robin” Peter J. Tomasi tenta nos dar uma pista do que o futuro reserva para o legado do menino-prodígio.
Em entrevista ao Newsarama, Tomasi (que para mim é o melhor escritor dos títulos do Batman pós-reboot ) “sabonetou”e não confirmou nenhuma das hipóteses acima, mais deu mais detalhes do que estar por vir e como é escrever uma revista que o foco eram as aventuras da dupla-dinâmica, que no momento não existe mais dentro do Universo DC.
O título deverá ter participação de outros aliados do Batman, pela ordem: Red Robin (na edição em que Kelley apareceu), Capuz Vermelho, Batgirl, Mulher-Gato e Asa Noturna e, segundo o autor, serão inseridos no título de maneira orgânica, não vai simplesmente forçar uma parceria entre os personagens.
Sobre Kelley, Tomasi disse que sempre gostou do contraste que ela representava em relação ao Batman velho e amargurado do Cavaleiro das Trevas de Miller e que pretende manter o mesmo espírito, mesmo que na cronologia atual ela seja um pouco mais velha e venha de um background completamente diferente. E sem entregar nada, disse que o atual papel da personagem na série é ser vista como “alguém que faz Bruce Wayne lembrar de sua perda”.
Quando questionado sobre se, independente de quem seja, teríamos um novo Robin o escritor disse que sim, e usou como argumento bem honesto, mas que costuma ser evitado pelos profissionais dos quadrinhos:
Sejamos sinceros, Robin é um personagem que é publicado há anos e seria maluquice pensar que qualquer companhia abriria mão de um personagem tão querido e tão comercial por um longo período. Acho que posso olhar para minha bola de cristal e dizer que sempre haverá um Robin. Quem é, quando será ou como será ninguém sabe.
Pois é, esse é o tipo de realidade dura que os fãs de quadrinhos tem que aguentar: o que manda é a grana e isso fica acima da integridade artística do que os autores pretendem para os personagens que pertencem as grandes corporações.
Felizmente, ao contrário de cagadas SUPERIORES, Batman e Robin é um bom exemplo de como às vezes interesses comerciais e criativos podem convergir e ser uma exceção no que vem sendo publicado por aí atualmente.
Por quanto tempo é uma coisa que também ninguém sabe.