Deve ser difícil do pessoal com menos de 30 anos lembrar, mais ouve um tempo em crianças assistiam filmes de pancadaria na Sessão da Tarde ao invés de filmes com cachorros, gêmeos, bruxas ou astro pré-adolescente da Disney
E também assistiam no domingo à noite um programa humorístico cheio de piadas preconceituosas, com os protagonistas do programa brigando, fumando e, principalmente, bebendo bebidas alcoólicas. Um “mézis”para ser mais exato.
Muito antes até do termo “politicamente correto”ser difundido, a dupla de atores italianos Bud Spencer e Terence Hill faziam a alegria da petizada, principalmente nos sábados à tarde, em filmes com roteiro para lá de raso, mas em que a pancadaria cômica comia solta. Eram o tal dos fimes do Trinity (personagem vivido por Hill que acabou servindo de nome para a dupla).
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A quantidade de fãs que os caras tinham por aqui, fez com que a dupla viesse aqui no Brasil gravar um de seus filmes chamado “Eu, Você, Ele e Os Outros”. O trecho acima é dele. O filme foi uma co-produção Brasil e Itália, e a produtora tupiniquim engarregada da produção, foi a “dona” das bilheterias por aqui na década de 80, a DR. Renato Aragão Produções.
Sim, o dono era ele o grande Didi Mocó Colesterol Novalgino Mufumo, o verdadeiro que deve ter partido em uma nave espacial e vem sendo substituído desde então por aquele cara que apresentava até ano passado a A Turma do Didi. Então nada mais justo, do que aproveitar os caras para elevar ainda mais a audiência dos “Trapalhões”, mesmo que na época ele já fosse um dos mais altos entre os programas da Globo.
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Cara, lembro que a cabeça de toda molecada quase explodiu com esse mítico encontro. Lembrando que a época, nós nem sabíamos direito quem eram Spencer e Hill havia a percepção que os dois eram super-estrelas de Hollywood e estavam ali, conversando (e depois brigando) com os nossos grandes ídolos da época.
Bons tempos! A Globo prestaria um grande serviço a humanidade se abandonasse toda a sua atual programação para repetir em looping todos os filmes de Bud Spencer e Terence Hill e as reprises dos Trapalhões