Ao encontrar essa revista na banca, fiquei com ela nas mãos por alguns minutos enumerando os motivos para não comprá-la!
Não acompanho o Aranha há anos, nem o universo Ultimate, a revista é cara pelo número de páginas, estou tentando diminuir os gastos mensais com quadrinhos…
E quando me dei conta estava pagando por ela ao dono da banca.
Além do fato de eu ser um verme, alguns motivos acabaram me fazendo pagar as R$ 18 pilas por ela: o fato de ter ouvido falarem muito bem do Homens-Aranha do Universo Ultimate (que eu acompanhei apenas as primeiras edições) e a esperança de que por se tratar de um crossover, eles usassem uma abordagem mais desvinculada da cronologia do Homem-Aranha tradicional deixando de lado o ranço de toda a merdaragem feito com ele nos últimos anos.
Felizmente Brian Michael Bendis e Sara Pichelli fazem isso trazendo com o “velho” Peter Parker aquele clássico “amigão da vizinhança”piadista e que acaba sempre salvando o dia sem ganhar qualquer tipo de reconhecimento. E é na interação dele com Miles Morales e outros personagens residentes da dimensão Ultimate que a revista diverte e faz valer a grana e o tempo investido nela. Mesmo para quem esteja meio que “caindo de para-quedas” dos acontecimentos recentes na vida dos Aranhas.
Claro, se você pelo menos souber de alguns fatos vai aproveitar melhor a leitura. O mais importante de todos é que o jovem Peter Parker/Homem-Aranha Ultimate morreu de maneira heróica e foi substituído por Miles Morales um garoto de apenas 13 anos que tem que lidar com o peso de continuar o seu legado.
Em seu sacrifício, a identidade do Peter “de lá”se tornou pública e quando o Peter “daqui”acaba indo para lá por acidente ao tentar prender o vilão Mysterio chega a um lugar onde todos sabem que Peter Parker é o Homem-Aranha e o o acusam de estar copiando e desonrando um heróis nacional. Dessa confusão e do encontro de Peter com as versões de conhecidos seus daquela realidade é que estão os melhores momentos da trama com alguns diálogos impagáveis. E até momentos emocionante como quando Peter encontra as versões Ultimate de seus entes queridos.
A trama é bem fraquinha, só serve mesmo como pano de fundo para os momentos citados acima, para matarmos a saudade daquele velho Aranha que todo mundo gosta e (pelo menos no meu caso) conhecermos melhor Miles Morales um personagem com muito carisma e com um potencial verdadeiro para ser um substituto à altura para os leitores órfãos da época em que o Aranha não era esmerdalhado pelo editorial da Marvel.
E é por este fator saudosista que vou subir a nota um pouco:
Nota:
7 conselhos de “Não deixe que façam um clone seu”.
De 10 conselhos de “Não deixe que façam um clone seu” disponível.
Se quiser comprar a On-line, na Comix tem.
#merchannafaixa