Ontem acabei assistindo na Porconauta-Caverna ao primeiro episódio do segundo ano da série do “Frecha”, e mesmo eu tendo uma baita má-vontade com ela, sou obrigado a reconhecer que a trama dessa nova temporada parece que vai tomar um rumo bem interessante.
Só resta saber se essa mudança vai trazer mais público para série sem perder o atual.
(Poucos, mas bons spoilers, se você se importa com isso, vaza!)
Como não tinha vistos os últimos capítulos da primeira temporada, precisei assistir antes um “resumão” feito pela CW para ficar sabendo dos trágicos acontecimentos que acabaram levando Oliver Queen a se isolar novamente na ilha onde ficou como náufrago durante cinco anos.
Após um ano desse novo isolamento, os fiéis ajudantes de Queen, Diggle e Felicity vão até a ilha para tentar convencê-lo a voltar para Starling City para ajudar na reconstrução de parte destruída da cidade e impedir que as empresas da família Queen sofram uma aquisição agressiva e passem a ser controlada pela misteriosa Isabel Rochev.
Ainda que relutante , Oliver retorna a cidade mas se recusa reassumir o manto do Capuz, quer tentar salvar a empresa de sua família apenas como homem de negócio. É claro que essa resolução não dura muito (afinal, se ele não bancar o Batman a série perderia o propósito), mas uma mudança em seus métodos poder estar colocando o vigilante vingativo mais na trilha de ser tornar o “herói que a cidade precisa”.
Sim, já ouvimos isso antes!
A começar pelo nome do episódio ,”City of Heroes”, até o momento final do episódio, onde Oliver Queen decide que não quer mais ser chamado de Capuz, enquanto encara uma flecha verde, fica claro a mudança de rumo na série: de um tom mais pesado e realista ela passará a se tornar uma série mais próxima das histórias em quadrinhos de super-heróis, pelo menos na temática.
Essa mudança de tom se faz necessária caso os produtores da série continuarem com os planos de povoá-la com uma série de outros personagens do universo DC, que em sua grande maioria não combinavam com o clima mostrado na primeira temporada.
Por exemplo, como já dissemos aqui a Canário Negro faz sua primeira aparição na série surgindo do nada, vestida como super-heroína para salvar Roy Harper (side-kick do Arqueiro-Verde nos quadrinhos, e que na série também começa agir como vigilante) derrubando sozinha três ou quatro brutamontes na pancada gratuitamente.
Por mais que o leitor de quadrinhos menos xíita adore esse tipo de coisa, não sei se o atual público , já acostumado ao clima mais sóbrio, não vai estranhar essa espécie de “fanboylização da série.
Apesar dos índices de audiência lá fora terem sido bem abaixo da estréia da série no ano passado, gostei das mudanças pois até agora elas foram condizentes com as evoluções de cada personagem. Vamos ver quando começarem a surgir os personagens com super-poderosos esse equilíbrio ainda irá se manter.