Não obedecendo ao conselho do Public Enemy acabei acreditando no hype e fui ontem até o cinema assistir a “Gravidade” filme que boa parte da crítica vem considerando como o melhor do ano.
Se é mesmo o melhor eu não sei, vi muito poucos lançamentos esse ano, mas a experiência que ele proporciona durante seus 91 minutos é algo raro de se presenciar em uma sala de cinema.
Sim, o filme é sensacional, com efeitos visuais fantásticos, muito bem sonorizado, ótima trilha sonora e com grandes atuações dos protagonistas Sandra Bullock e George Clooney (que praticamente são os únicos dois personagens na história toda). Mas o grande diferencial do filme é a direção de Alfonso Cuarón, que faz com que essa 1hora e 30 pareçam demorar uma eternidade, dado o grau de tensão que ele imprimi desde os minutos iniciais.
Você quer que o filme acabe logo, da mesma maneira que torceria para que um passeio na montanha-russa mais alta e perigosa do mundo chegasse logo ao fim!
A trama principal é para lá de batida: dois astronautas a deriva no espaço lutando por sua sobrevivência. Você já viu algo parecido em Apolo 13, e em vários outros filmes, passem eles no espaço, no oceano ou em algum tipo de desastre natural. É a velha luta pela sobrevivência em um ambiente inóspito e extremamente desfavorável.
“Gravidade” difere deles no ritmo alucinante que mostra isso, ele não te prepara para aquele tradicional clímax de ação/tensão que normalmente fica reservado para a metade final do filme. Ele te “atira”no meio da ação e quando você menos espera, está se segurando na cadeira soltando um “puta-que-paril-caralho!” de tempos em tempos.E segue assim até o seu final.
Elogiei a atuação dos atores, mas a não espere grandes momentos dramático (talvez apenas um) , pois eles não tem tempo para isso! O ponto alto é a performance física deles (principalmente da Sandra Bullock) trazendo a veracidade às situações mortais que eles estão passando.
.
É o tipo de filme que TEM que ser visto no cinema! Só assim para aproveitar o filme em sua plenitude, para ter a sensação de isolamento em que os protagonistas estão à deriva e também para ficar embasbacado com visuais como a visão da Terra ou de um por-do-sol visto do espaço.
Por falta de opção, eu que não sou lá grande fã do formato, acabei vendo em 3D, e ainda bem que assim o fiz pois, ao contrário da maioria dos casos que coloca o filme em 3D só para arrecadar uma bilheteria maior, em “Gravidade”o visual tridimensional trabalha para a trama dando uma profundidade ainda maior para tela. E pelo que eu li, se puder ver IMAX vá que vale cada centavo extra.
E prepare-se pois vai ser vai ser uma ” tremenda jornada!”
Pingback: UATACast 002: UATAFÓKIN AWARDS 2013 – Parte 2 | Uatafókin is This!!!
Ouvi falar que depois de Avatar, este é o filme que melhor usou o recurso 3D. Estava afim de ver.
Dos que eu vi no cinema, com certeza foi o que melhor usou . Com a diferença que é bem dirigido e tem uma trama.