No final do mês passado a Panini lançou aqui no Brasil a polêmica revista solo da versão Novos 52 do(já não tão) bastardo inglês John Constantine.
Mas tirando o ranço de nerd velho com o fim da versão Vertigo do personagem, qualé a da revista?
Bom, para quem vinha sendo masoquista e acompanhando o personagem nas aventuras da Liga da Justiça Dark vai encontrar um outro Constantine aqui. E isso é positivo
O fato engraçado é que o autor que escreve os roteiros de “Constantine” Jeff Lemire (em parceria com Ray Fawkes) também é o responsável pelo argumento da maior parte das aventuras da Liga Dark. Ou seja, no título solo do personagem ele “desfaz” alguma coisa que o próprio escreveu dele no título com a patota mística da DC, trazendo um Constantine com alguns ecos do velho John que conhecíamos.
A arte é do brasileiro Renato Guedes e está muito boa, só estranhei um pouco a colorização do também brasileiro Marcelo Maiolo. Não que ela esteja ruim, pelo contrário está muito boa, mas parece não combinar com o personagem. Talvez seja o tal ranço de que escrevi lá na abertura do post, o fato de eu estar acostumado com um estilo mais realista e “suja”de Hellblazer.
Aliás, cabe um parêntese nessa comparação inevitável entre os dois Constantines: Em Hellblazer quase sempre tomamos referência a fase escrita por Garth Ennis, que traz o clássico “Demônio da Garrafa” como comparativo e aí a distância do John Constantine juvenil é de anos-luzes.
Mas se tomarmos as primeiras histórias da fase derradeira do personagem escrita por Peter Milligan e que começou a sair aqui no Brasil na mensal da Vertigo, a diferença com o Contantininho, tanto em arte quanto em roteiro,não é lá tão grande.
Para vocês terem uma idéia, até poção do amor para a mulher que está “xônado” Milligan já fez o Constantine dar…
Resumindo: não é o catástrofe que eu achava que seria e dentro dos “Novos 52” é melhor que a maioria dos títulos. Se Lemire continuar trazendo mais da personalidade do Contantine da Vertigo para o renovado universo místico da DC há a chances das coisas melhorarem.
Se bem que as perspectivas futuras não são lá animadora:
Nota:
6 aeromoças gostosas demoníacas.
De 10 aeromoças gostosas demoníacas possíveis.
(Ah, a revista ainda traz duas histórias da Liga Dark, mas nem as considerei para a nota, pois puxariam a média para baixo. Incrível como ninguém consegue fazer andar um título que parte de uma premissa tão boa que é de reunir personagens místico da Dc em uma equipe!)