Desde que tomei conhecimento de “O Quinto Beatle- A História de Brian Epstein” não via a hora de colocar as mão nessa graphic novel. Já estavas prestes a comprar a edição em inglês quando descobri que a editora Aleph ia lançá-la aqui no Brasil
Garantida minha cópia na pré-venda há cerca de um mês,na semana passada finalmente chegou a hora de conferir se toda a obra estava no nível das fantásticas artes proporcionais divulgadas.
Clica aí embaixo para descobrir!
O Quinto Beatle conta a história de Brian Epstein, o empresário que transformou uma banda de 4 moleques topetudos de Liverpool em um fenômeno pop que mudou para sempre a história da música e do entretenimento mundial.
Vindo de uma tradicional família judaica e gerente de uma loja de disco, Epstein teve praticamente uma epifania ao ver os Beatles pela primeira vez no Cavern Club, enxergando neles um potencial neles que ninguém, nem os próprios membros da banda, enxergavam na época.
Mas o preço a ser pago para o empresário para a realização de sua visão foi muito alto:solitário, dono de uma personalidade difícil e homossexual em uma época em que isto era considerado crime na Inglaterra, Epstein logo acabou se entregando ao vício em comprimidos para poder aguentar a turbulência de estar bem no meio de um furacão chamado Beatlemania. Acabou falecendo precocemente aos 32 anos de idade. Dois anos após sua morte, os Beatles chegavam ao seu fim.
A jornada de Epstein não é nova para ninguém que conhece um pouco de cultura pop, mas o tratamento dada ele pelo autor de “O Quinto Beatle” Vivek J. Tiwary consegue se diferenciar ao retratar muito bem a personalidade do empresário indo além da face mais trágica dela. Adotando um ritmo muito próximo de uma peça de teatro e dos musicais (o que não é de graça, já que os trabalhos prévios do autor são nessas mídias e há um projeto em transformar o graphic novel em filme) Tiwary de maneira poética consegue demonstrar toda a complexidade de seu “mentor histórico” além de traçar um retrato bem fiel da efervescência cultural do início dos anos 60.
Apesar de todos elogios ao texto, o ponto alto da obra é a arte de Andrew C. Robinson e Kyle Baker. Robinson levou 4 anos desenhando e pintando com as mais diversas técnicas, transformando cada página da história em uma pequena obra de arte. Após a leitura ainda dá para passar horas admirando a arte de Robinson. A edição também traz uma série de esboços e extras detalhando os processos criativos dos autores. A se ressaltar também o bom trabalho da edição brasileira que dedicou algumas páginas para notas explicativas.
Seja você fã de música, seja você fã de quadrinhos “O Quinto Beatle” é obrigatório!
Nota:
1o Compactos de “My Bonnie”
De 1o Compactos de “My Bonnie” disponíveis.