Ô da Poltrona:O Último Capítulo da 4º Temporada de Game of Thrones

Eu sou seu filho. Sempre serei seu filho

Para os desavisados, ontem, data da apresentação do episódio de final de temporada de Game of Thrones , foi comemorado no país do Tio Sam o Dia dos Pais. Coincidência ou não (acho que não), a saga de George RR Martin fez questão de mostrar como se comemora a data em Westeros.

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SPOILERS À VISTA PARA QUEM NÃO ASSISTIU!!!

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Ao melhor estilo devagar e sempre, a história no seu episódio final deu direcionamento a vários personagens, sem grandes reviravoltas para a maioria. Ao contrário do que todos podiam imaginar no inicio da temporada, após a batalha da Água Negra, nos deparamos com um Baratheon fortalecido pelos últimos acontecimentos, levando a crer que talvez Melisandre tenha acertado em sua previsão de que ele viria a reinar. O problema é que como sabemos, em Westeros nenhum reinado é eterno.

O episódio começa com Jon Snow e os corvos sendo salvos aos 45 do segundo tempo por Baratheon, que aniquila o exército dos selvagens. Em contra partida, a bela Daenerys, que vinha tornando-se a grande ameaça entre aqueles que pleitam o trono, após perder seu principal conselheiro, sofre novo baque, e na sua tentativa de ser uma líder misericordiosa, abre mão de seus dragões, aprisionando-os devido aos mesmos estarem atacando inocentes.

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Com esse cenário, diríamos que os Lannisters continuariam com folga no poder, mas ao melhor estilo Luke Skywalker e Darth Vader, a estória nos remete ao confronto final pai e filho, entre o filho renegado Tyrion e o pai que carrega a família a braço de ferro, Tywin.

As vésperas de sua execução, Tyrion é salvo pelo irmão Jamie, que juntamente com Lord Varys (eu ainda tenho pra mim que GOT não passa de um jogo de xadrez onde cada personagem é uma peça, mas cujos verdadeiros jogadores, aqueles que movem as peças, são Mindinho e Lord Varys) bola uma fuga para o anão.

Aí começam as divergências livro x seriado. No livro, Jamie confessa ao irmão, que o pai mentiu no passado, quando acusou sua primeira esposa de ser uma prostituta. A mesma foi estuprada por toda a guarda na ocasião e o casamento anulado. Esta seria uma justificativa perfeita para Tyrion ir a procura do pai antes da fuga e fazer tudo que fez depois, dadas as circunstancias. Porém, na série fica meio no ar o porque dele em meio a sua fuga, ter ido aos aposentos do pai. Enfim… lá chegando, o mesmo se depara com Shae nua, na cama do pai chamando pelo mesmo. Em entrevista ao Entertainment Weekly, George RR Martin afirma que nos livros Shae realmente é uma dissimulada, a procura de escala social, mas que na série, apesar de sempre se manter fiel aos livros, a aceitação do publico a personagem de Sibel Kekilli fez com que optassem por uma Shae que realmente chegasse a em certos momentos nutrir sentimentos por Tyrion, mas que no final, após a humilhação de ser descartada, optasse por traí-lo.

 

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Na sequência, para tristeza deste que vos escreve, Tyrion acaba por estrangular a amante, que antes tentou atacá-lo. Na sequência vai a procura do pai, que estava onde? Onde meus caros? Sentado na privada!!!!

Agora de um lado temos Tywin Lannister, o pai que tolera o filho deficiente que pra ele é responsável pela morte da esposa. O filho que defende a amante. Lorde Tywin está convencido de que uma vez que ele não ama Tyrion, então ninguém pode amar Tyrion. Obviamente, uma garota de classe baixa está apenas tentando levar o anão para a cama, porque ele era um Lannister, para que ela pudesse se tornar uma senhora e ter dinheiro e viver em um castelo e tudo isso. O que para Tywin é basicamente o equivalente a ser uma prostituta – Resta a ele não como pai, mas como líder do clã dos Lannister, ensinar a Tyrion uma lição a esse respeito.

 

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Já Tyrion se vê diante da pessoa a quem sempre pediu aprovação e a quem sempre recebeu rejeição. (lembra muito o Felix da novela..kkkk) Ver o pai usar a mulher que amava para atingi-lo é a gota d’água. Se pensarmos no livro, é pior ainda. Pois, é como se os dois voltassem ao passado, onde o pai matou sua primeira esposa acusando-a de ser uma prostituta e ele nada fez. Agora ele sabe que a esposa nunca foi prostituta e realmente o amava e tem o pai a sua frente chamando de prostitua a outra mulher que apesar da raiva, de tudo, ele ainda ama. A mulher que ele acaba de assassinar. Muito por culpa do pai. E o pai insiste em soltar o adjetivo que lhe soa como uma facada no peito, tanto no caso do passado, quanto no que acaba de acontecer: Ela é uma prostituta Tyrion…. E assim ele continua usando a palavra “prostituta”, que é como derramar sal em sua ferida, e Tyrion diz-lhe para não fazer isso, não dizer a palavra novamente. E ele repete e nesse momento, o dedo de Tyrion apenas empurra o gatilho. Mas não antes de dizer: “Eu sou seu filho. Sempre serei seu filho”. Cadê o Darth numa hora dessas?

 

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