Vocês que dois acompanham o blog sabem que desde o anúncio da volta de Arquivo X eu venho tendo sirico-ticos enquanto publico trailers e notícias sobre o retorno.
Mas por trás de toda essa “fangirlingzação” havia um grande receio que essa volta não fosse bem sucedida. Será que a série ainda se manteria relevante após as temporadas finais fraquíssimas e com um hiato de 14 anos?
E por mais que me doa admitir, uma pequena parte desses meus receios acabaram se comprovando.
Mas antes dessa DR minha com uma série de televisão, deixa eu antes colocar isso aqui para depois não dizerem que não avisei:
Pronto, voltando:
Não me levem a mal! Não é que eu tenha achado os dois primeiros episódios fracos, pelo contrário eles são ótimos e bem fiéis a essência da série. A questão é que não vão muito além disso.
Aí é culpa das minhas alta expectativa, pois esperava mais do retorno da série, que de uma maneira ou de outra, influenciou quase todas as outras séries dramáticas que vieram após seus sucesso. Esse talvez seja o ponto: já espremeram tanto de Arquivo X que pode ter sobrado pouco para ela própria usar, acabou aparecendo mais do mesmo. Muito bem feito, mas mais do mesmo.
Outra das minhas preocupações eram como iam continuar a história com os eventos da nona temporada: o FBI fechando os Arquivos X, Mulder e Scully vivendo juntos como foragidos e com uma invasão alienígena prevista para acontecer em 2012. Mas apesar de ter me incomodado um pouco a solução que usaram para resolver isso, reconheço que foi a melhor abordagem a ser feita.
Em “My Struggle” o primeiro episódio do retorno encontramos um Mulder amargurado vivendo em isolamento e uma Dra. Scully seguindo em frente em sua carreira na medicina quando uma espécie de Datena conservador da tevê americana entra em contato com eles para investigar mistérios relacionados a queda de nave alienígena em Roosevelt em 1947. Daí a sacada: essas investigações vão em direção a teorias de conspiração que botam em xeque a veracidade da conspiração principal engendrada pelo Sindicato que dupla de agentes investigou no passado quando estavam a frente do Arquivo X.
Ok, é aquela solução um pouquinho forçada, mas funciona porque faz a série andar novamente sem ter que explicar as pontas soltas do passado e a deixa livre apenas para referenciar alguns pontos das temporadas anteriores através das relações do protagonistas, como por exemplo, a empatia de Scully com uma garota que também foi vítima de abduções. Escolha acertada já que essa décima temporada tem apenas 10 episódios, se fossem tentar explicar os furos do passado eles iriam perder boa parte deles com nisso, dificultando para quem nunca assistiu a série ou para aqueles que assistiram, mas a essa altura do campeonato nem lembravam mais direito do que aconteceu nela.
Com os remendos feitos e com o FBI reabrindo os Arquivos X o segundo episódio “Founders’s Mutation” parece ainda mais com um episódio saído do segundo ou terceiro ano da série. Novamente usam a identificação dos protagonistas com os envolvidos na investigação para trazer luz a acontecimentos do passado doa agentes, no caso aqui sobre o filho deles que foi entregue para a adoção para ser protegido.
Li as sinopses dos episódios que estão por vir e aparentemente vão seguir essa mesma fórmula com exceção do décimo e último episódio que ainda não teve sinopse divulgada, mas pelo título “My Struggle 2” parece que vai concluir a trama iniciada no primeiro episódio.
Vou continuar assistindo até lá fazendo o possível para deixar as expectativas de lado para curtir o que esse retorno de Arquivo X parece se propôr a fazer que é não reinventar a roda e continuar jogando para a torcida.
E isso já está ótimo, pois apesar de veterano Mulder e Scully ainda batem bolão