Uma das séries mais legais publicada ultimamente, Scalped do selo Vertigo, deve chegar a sua última edição no ISTADUSUNIDUS no próximo mês.

Nela Jason Aaron e R. M. Guerra retratam a dura realidade do que talvez seja a minoria das minorias hoje na América: os índios.

Vivendo segregados em suas reservas, a série mostra como resta muito pouco da cultura ancestral desses povos e o quanto eles vivem à margem do “sonho americano” imposto pelo mesmo responsável pelo massacre deles: o homem branco.

Pela minha descrição de ativista de sofá pode parecer que a série é panfletária, mas essa questões só servem de pano de fundo para uma história cheia de crimes, traições, drogas e muita, mas muita violência.

O plot principal é o retorno de Dashiel Cavalo-Ruim à reserva indígena em que foi criado, agora como um agente do FBI infiltrado com objetivo incriminar o atual “dono da boca”de lá, Lincoln Corvo Vermelho pelo assassinato de dois agentes do FBI há vinte anos atrás, quando este era líder de um grupo de  ativista pelos direitos indígenas e tinha como uma das integrantes a mãe de Dashiel.

Pode parecer até simples mas tem duas coisas em Scalped que fazem ela se destacar:

A primeira é a riqueza dos personagens envolvidos, não só dos protagonistas, mas mesmos os coajduvantes tem um tremendo background trágico por trás (UI!)

E a segunda é o  clima de “PULTA QUE PARIL, ISSO VAI DAR MERDA” que permeia todos os arcos da série. Toneladas de esterco são jogadas no ventilador, e os personagens vão se afundando na merda dando a impressão que a qualquer momento vai acontecer um banho de sangue e que não vai sobrar ninguém para continuar a história.

Aqui no Brasil estou acompanhando pela revista Vertigo, pois “Escalpo” tem feito parte do mix da revista desde a primeira edição. A número 33 saiu essa semana e nela foi publicado o fechamento do arco “Mundos Roídos”, o mais fodaçaralho de todos até agora.

Ainda não li, mas de tão foda as últimas edições, só não acho que a série acaba esse mês porque aqui está por volta da edição 32 e  lá fora ela vai até a edição 60.

Haja sangue !