Bom para começar eu não sou nada isento para escrever essa crítica. Sou velho, chato e rabugento e este é exatamente o público-alvo que as editoras e produtoras não dão a mínima pois sabem que tem coisas que caras como eu não vão engolir e tem coisas que eles sabem que mesmo você esperneando vai acabar comprando. Além disso já me expressei aqui nesse blog chinfrim a minha opinião sobre a versão do Arqueiro Verde pós reboot que é a base (pelo menos visualmente) para o Green Paquito de Arrow.

Isto posto Ypiranga , é claro que não havia a menor chance de eu gostar da série, a menos que ela fosse uma obra-prima, coisa que nem de longe ela é. Mas será que é tão ruim assim?

Confesso que não tinha a menor intenção de assistir à estréia da série, ia continuar tentando zerar Breaking Bad que estou assistindo no Netflix ou ver o episódio novo de Grey’s Anatomy (Ok, me julguem). Este último acabei perdendo o início do episódio, e já que por obra do acaso ( e de 2 Broken Girls…)  a tv estava na Warner Channel quando começou Arrow, e decidi assistir só para poder falar mal aqui no UATAFÓKIN.

Voltando a questão, é essa merda toda a série?

Não, ela até é bem mediana, desde que você esqueça que a série é baseada no Arqueiro Verde. De Oliver Queen não tem nada, nem pré e nem pós reboot! Tem muito de Batman do Nolan e muito do Justiceiro da Marvel já que o herói não tem o menor problema de matar geral. Adicione uma pitada de ninja e pronto! Tá na mesa pessoal:  temo o protagonista da série.

Apenas a estória de origem tem algo há ver com os quadrinhos, já que a série mostra a volta de Queen para Starling City (por que não colocar Star City logo?) em busca de vingança, após ficar 5 anos como naufrágo em uma ilha. Como ele de playboy mimado se tornou a “porra de um Batêma” lá ainda não foi mostrado. Para quem acompanha quadrinhos apenas algumas punhetagens aqui e ali: O apelido da irmã do Arqueiro é Speedy, que era o nome original de Roy Harper, o side-kick do personagem, que aqui nós conhecemos (pela inexplicável escolha do tradutor) como Ricardito e a presença de Dinah Lance (a.k.a.: Canário Negro) no papel da ex-namorada.

A Warner lá fora já autorizou a produção de uma primeira temporada completa da série e os índices de audiência tem sido bons. Ontem enquanto via a série aqui e xingava muito no twitter, pela hashtag #arrow dava para ver que tinha muita gente acompanhando a estréia  no Brasil.

Acredito que caia no gosto do público que mal tem idéia de quem é  personagem, apesar da atuação fraca da maioria do elenco, mas para isso pode-se dar um desconto por ser início de série e normalmente é assim mesmo.

Mas da minha parte só espero não perder a hora de Grey’s Anatomy de novo na semana que vem.