Confesso que ainda não me acostumei a ler e consumir quadrinhos em formato digital , o lado colecionador ainda é mais fortes do que o de leitor.
Mas casos como esse dos quadrinhos baseados no game Injustice: God Among Us podem mostrar que ambos podem coexistir sem afetarem suas respectivas vendas.
(quase livre de spoilers, viu @porconauta)
Sim, lá vamos nós falar sobre Injustice novamente! Mas desta vez o foco principal não é sobre o game ou sobre algo bombástico que tenha acontecido nas edições em quadrinhos. É o fenômeno mercadológico que aconteceu à volta dele.
Os quadrinhos sobre Injustice, ao contrário do que acontece normalmente, foram lançado primeiro em formato digital para só depois serem publicado em edições impressa. Baseado nisso e no fato que séries baseadas em games tendem a serem simples histórias caça-níqueis, os donos de Comic Shop solicitaram poucas edições achando que poucos leitores iriam se interessas por elas.
Acontece que a série começou a fazer um barulho on-line pelo seu roteiro bombástico e ainda recebeu boas críticas dos sites especializados fazendo que sua procura aumentasse nas lojas, fazendo os donos desses estabelecimentos aumentassem seus pedidos da série.
O irônico dessa história toda é que os maiores inimigo do formato digital são esses lojistas e os distribuidores que forçam as editoras a lançarem as edições digitais somente no mesmo dia que as impressas e com o mesmo preço.
Os números de vendas digitais oficiais são um mistério até hoje, não sabemos por exemplo, quanto uma edição (que é uma merda, mas vendeu muito infelizmente) de Amazing Spiderman 700 vendeu no Comixology para compararmos com as vendas das edições impressas. Só sabemos que ela foi a líder mundial de downloads nas semanas de lançamento.
Injustice pode ter mostrado que o argumento protecionista usado contra as edições digitais utilizados por seu detratores, de que as vendas impressas seriam drasticamente afetadas sem as barreiras impostas, pode não ser tão simples assim e que talvez seja hora de uma maior flexibilização por parte deles.
Para que não acabe acontecendo o que aconteceu na indústria da música onde as grandes gravadoras e lojistas decidiram encarar como arqui-inimigo o formato digital só indo adotá-lo como aliado quando a guerra já estava perdida.
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