Durante esse primeiro ano de blog escrevemos bastante (muito mais do que jogamos) sobre o game Injustice -God Among Us e também sobre a série em quadrinhos que trazia um background a ele.
Mesmo com as boa críticas e sucesso comercial das histórias escritas por Tom Taylor, eu só me animei a ler a série após muita insistência do @Porconauta que a vem acompanhando desde o início.
E apesar da má-vontade inicial sou obrigado a reconhecer que a série é realmente boa.
Eu tinha preconceitos em relação à Injustice por conta do caráter caça-níqueis à volta dela, parecia algo criado simplesmente para dar um fiapo de história ao game e aproveitar o hype sobre o lançamento dele e tomar mais uns troco de nós, nerds-bobos. Mas tomado mais pelo fator jornalístico (de, quem sabe,quiçá, um dia) Injustice ser um possível tema para um possível podcast que possivelmente nós venhamos a cometer , peguei “emprestado” as edições digitais do amiguinho de blog e li todas as lançadas até a semana passada.
A trama é mais ou menos aquela que falamos aqui, e que já foi utilizada em outras histórias alternativas do Universo DC: Após a perda do amor da sua vida de maneira trágica, Superman decide que o melhor jeito de evitar mais mortes é tomar as rédeas do destino do planeta adotando uma postura muito mais agressiva contra seus inimigo e querendo obrigar que todas as nações do mundo a se desarmarem.
Claro que os governos não acatam essa decisão na boa, assim como nem todos todos os tradicionais aliados do Homem de Aço concordam com a nova visão política do herói . E como em “Reino do Amanhã” acabam surgindo a polarização entre os simpatizantes do Superman e sua visão totalitária contra Batman e outros heróis que que enxergam que o o poder e a fúria estão consumindo o maior heróis de todos os tempos e que isso provavelmente acarretará em muito mais mortes.
Além do já citado “Reino do Amanhã”, o plot principal da série, seres-super poderosos que decidem impor sua vontade em relação ao mundo, já foi utilizado dezenas de vezes dentro e fora da DC, e em alguns casos de maneira magistral, dificultando muito a coisa para “Injustice”quando a comparamos, por exemplo, com The Authority. Mas é na similaridades, inclusive gráficas, com obras anteriores que, na minha opinião estão os pontos altos da série .
É na homenagem e nas citações a outras histórias clássicas e nos rumos diferentes tomado à partir deles, que Taylor acaba deixando tudo mais interessante, fazendo o leitor mais veterano se sentir algumas vezes como se estivesse presenciando uma DR entre os personagens, com trocas de insultos e direito a muitas “verdades” jogada na cara. Outra qualidade de Taylor é que mesmo em meio ao clima sombrio e violento desse “Universo DC que pegou a curva errada” ele consegue imprimir alguns momentos de humor, com algumas tiradas bem espertas.
Quanto a arte vários artistas se revezaram durante as 35 edições digitais do título durante a série, a se destacar a arte bacana do brasileiro Jheremy Raapack e do e do veterano autor Kevin Maguire, recentemente chutado da DC.
Resumindo, Injustice – God Among Us é uma boa leitura e os elogios feito pela crítica especializada tem realmente fundamento. Resta saber até quando( e para onde) vão esticar esse universo, haja visto que Taylor irá assumir o título Terra 2 e não sei se ele continuará à frente da série.
Nota:
6,3 bigodes falsos que ninguém tem obrigação de justificar
De 10 bigodes falsos que que ninguém tem obrigação de justificar disponíveis