Em pleno domingão, lá vou fui eu a patroa e mais alguns dos sacripantas que (teoricamente) escrevem por aqui para o cinema para conferir mais uma aventura do Latinha nas telas.
Mas será que valeu a pena ter ido enfrentar as multidões no shopping ao invés de termos ficado em casa para assistir o Esquenta?
Bom, quanto comparação ao programa da Dona Cazé ainda que tivéssemos ido à uma extração coletiva de rim, saíramos ganhando, mas a verdade é que apesar do burburinho e uma série de declarações dada pelos responsáveis pelo filme, Homem de Ferro 3 não se destaca entre os outros filmes feito pelo Marvel Studio.
Bom, daqui para baixo é tudo canela, liberado o spoiler continue por sua conta e risco:
O filme abre um uma narração em off do próprio Tony Stark relembrando de fatos que precedem o primeiro filme mostrando um pequeno vislumbre do que é a tecnologia Extremis, que a princípio seria uma parte importante do filme. E aí entra minha primeira ressalva: ela não é, pelo menos não no nível que supostamente deveria ser, funcionando apenas como a “grande arma”dos vilões, não tem uma reação intrínseca com o protagonista.
Na volta ao presente vemos um Stark ainda fragilizado com os acontecimentos de “Os Vingadores”e sua obsessão em construir dezenas de armaduras para que a Marvel venda mais bunequinhos inclusive uma (que é a principal do filme) que ele possa acessar remotamente a “chamando” em qualquer situação de perigo com o herói a usando até para vestir Pepper Potts e salvá-la em sua primeira grande cena de ação no filme. E isso é o mais perto que Potts vai chegar de usar uma armadura, acabando com a expectativa que ela teria uma armadura própria no filme.
Aos poucos os antagonistas vão surgindo: vídeos do Mandarim mostrando atos terroristas e desafiando o governo dos EUA são mostrados ao mesmo tempo que empresário Aldrich Gillian procura a empresa de Stark em busca de financiamento para sua pesquisa com a Extremis. A partir desse momento é que o Homem de Ferro entra em rota colisão com o interesse dos vilões e acaba e sofrendo um intenso ataque que só consegue escapar por pouco.
Daí temos uma boa parte do filme do Homem de Ferro sem o Homem de Ferro: Stark sem armadura e outros recursos tendo que se virar para sobreviver e contra-atacar seus algozes. Ainda em um fator de “spilberguização”do filme colocam um guri como side-kick dele durante essa passagem do filme, que não chega a atrapalhar, mas achei completamente desnecessário.
Quanto à grande virada de quem é o vilão no roteiro à lá Batman Begins confesso que já fui ao cinema a conhecendo, então não posso quantificar o impacto dela. Mesmo assim a achei bem chinfrim principalmente pelo jeito que ele foi entregue, sem nenhuma carga de dramaticidade, com a finalidade mais humorística do que de ser um fator UATAFÓKIN do filme.
No final, talvez para compensar o tempo delas fora da trama, temos uma grande cena de ação, e um um pouco confusa, com todas as armaduras contra os capangas “Extremizados”do Mandarin, seguido pela luta final entre Tony e o vilão em que Pepper , também infectada pelo Extremis, acaba salvando o namorado.
E aí vem a parte final com Stark aparentemente desiste de ser o Homem de Ferro fechando a história do personagem (ou pelo menos dessa fase) no cinema. Se era essa é a intenção aí que talvez o filme tenha sua maior falha: ao contrário do que li, ainda são deixadas muitos pontas soltas para uma possível seqüência, não deixa claro essa idéia de fechamento de saga.
De maneira geral, Homem de Ferro 3 não chegou a me decepcionar como decepcionou alguns dos distintos diplomatas dessa confraria, mas como disse na abertura do texto, ficou muito longe de se sobressair aos filmes anteriores e ser um ponto de virada no jeito Marvel Studios de fazer filmes. Pelo contrário: o filme seguiu à risca a cartilha, chegando a extrapolá-la pesando a mão na comicidade e infantilizando um pouco mais o filme.
Ainda não foi dessa vez que a Marvel deu um passo à frente no quesito qualidade em seu universo cinematográfico nos entregando apenas mais algumas horas de escapismo e diversão em frente às telas.
Não é pouca coisa, mas pelo que pude sentir ao final da sessão parece estar começando a cansar a audiência.
Quando assisti ao primeiro Homem de Ferro, sai como uma criança do cinema. Queria ir direto pra garagem me embrulhar em papel aluminio e dar umas porradas por ai… Ontem, exceto alguns trechos empolgantes eu achei q o filme terminou “xoxo”, fazendo até que o minusculo pós crédito soasse como uma nova esperança… como disse ontem mesmo, achei que tiveram ótimas ideias mas infelizmente foram subaproveitadas.
Mas pode ser pq ontem eu estava com @Leite79 mode on…
Impossível! não há como emular meu grau de azedume