Leitura de Trem: Tropa dos Lanternas Verdes & Lanterna Verde 13

Esse “Leitura…” será excepcionalmente sobre duas revistas ao mesmo tempo, não só pelo fato de ambas estarem muito interligadas, mas também porque sobre o que eu quero  escrever mesmo é a estréia do novo Lanterna Verde Simon Baz aqui no Brasil.

simon-baz-green-lantern

Sim o Lanterna Verde que anda com um trabuco na mão!

Sei que você deve estar pensado: “mais um post de nerd velho malhando a DC e os Novos 52”,

Mas até para minha total surpresa e ao contrário de todas as minhas expectativas não, dessa vez não é sobre isso. Por mais que o personagem a distância tenha parecido totalmente dispensável e completamente fora de propósito, já que tínhamos outros quatros Lanternas Verdes da Terra, ao ler as duas primeiras histórias que, mesmo que talvez sem querer, Geoff Jonhs fez de Baz um Lanterna muito interessante.

Para falar mais disso, interessante passar todos os recentes acontecimentos no universo dos Lanternas: O Guardiões piraram na batata de vez e decidiram que o único jeito de trazer ordem ao Universo é acabando com o livre-arbítrio. Aos poucos foram minando a Tropa dos Lanternas Verdes, enfraquecendo seus rivais das outras tropas e criando um exércitos de zumbis-espaciais que vão se alastrar pelo universo contaminando a todos os seres vivos.

Rise of the Third Army

Tudo isso aí é o início da mais nova “mega-saga-evento”de Geoff Johns com os Lanternas: “Ascensão do Terceiro Exército”. Vale lembrar que as últimas incursões de Johns nesses tipos de eventos, queimaram o filme do autor apagando o brilho do bom início dele no título, que transformou uma revista com péssimas vendas em um dos títulos mais sólidos da editora. E era essa queda de qualidade de Johns que me fazia olhar ainda mais torto para esse novo Lanterna.

Baz parecia ter sido criado simplesmente para ser “massavéio” e cumprir a cota de muçulmanos no Universo DC. Ainda por cima cumprir de maneira errada sendo um estereótipo até a medula, com o visual de terrorista  e já com uma arma em punho logo na capa da revistas. Mas no desenvolvimento da história descobrimos que ele é só mais um ser humano fudido, vítima de suas próprias escolhas erradas, que de repente recebe a arma mais poderosa do universo, mas não tem a menor idéia de como usá-la. E para piorar, esse anel está defeituoso o deixando em alguns momentos na mão e colocando em check os méritos de Baz como o escolhido para portá-lo.

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E é toda essa confusão, contada em bom ritmo,que acaba levando as histórias um tom acima do que vem saindo da DC mensalmente aqui do Brasil. Tem suas falhas, como o fato de “sem-querer” Baz ter causado um ataque terrorista, mas os bons momentos, como as excelentes tiradas quando a  Liga da Justiça tenta capturá-lo, acabam se sobressaindo.

Para não dizer que falei das outras histórias contidas nas duas edições todas são medianas, bem dentro daquele padrão de qualidade “Geoffjohniano” dos últimos anos, ou seja se você ainda está acompanhando o título vai curtir.

Pode ser que nas próximas edições caguem tudo, mas por agora vale a leitura.

Nota:

6,2 Máscaras sado-masoquistas usadas por super-heróis.

De 10 Máscaras sado-masoquistas usadas por super-heróis disponíveis.

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