Como de costume o texto abaixo contém um porrada de spoilers…
Momento “gastando a grana do papai…”
Epílogo – sufixo masculino – Literatura. A conclusão de uma narrativa literária em que se faz uma síntese recapitulativa ou um resumo dos acontecimentos mais importantes que nela ocorrem; posfácio. Teatro. Último momento numa peça teatral que traz o resumo e/ou término da ação. P.ext. O desfecho, a conclusão de quaisquer acontecimentos e/ou circunstâncias; remate. (Etm. do grego: epílogos.ou)
Com 10,3 milhões de telespectadores, 300% de aumento em relação ao season finale do ano passado, Felina fechou as pontas que ainda restavam a serem amarradas na história de Walter White. Vince Gilligan não inventou moda, não trouxe reviravoltas, enfim ,fez apenas o que deveria ser feito.
Na edição comemorativa de 50 anos do Capitão América, rola uma realidade paralela onde ele vira presidente, revela sua identidade secreta e acaba morto em batalha contra seu maior rival. A HQ termina com a imagem do túmulo do capitão e um versículo da bíblia que dizia o seguinte: “ Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia.”
O 62o episódio de Breaking Bad ( Na tabela periódica o elemento de número 62 é o Samário, utilizado no tratamento de câncer de pulmão. Coincidência ou genialidade de Gilligan?) nos leva à redenção de Walt. O ex-professor parece finalmente perceber que ao pagar pra ver a mão de poker, foi derrotado pela vida e agora tenta amenizar os efeitos de sua derrota. Finalmente ele admite que não era o mocinho, coisa que o mais jovem Jesse já havia feito há tempos. Ele tem seu acerto de contas, mas o estrago já estava feito.
Não vou entrar no mérito dos fãs de dizer que a série é a melhor de todos os tempos. Acho que ela foi sim, muito bem escrita e o maior mérito de Gilligan foi a coerência. Sua história nos trouxe um mundo real, sem zumbis, viagens no tempo, seres mitológicos e coisas do tipo. Os personagens, mesmo os fodões, não são invencíveis, apenas sobrevivem. Tal qual no mundo real. Às vezes nos passa desapercebida a dificuldade de tornar interessantes pessoas reais. Mas, Gilligan conseguiu escrever uma história que em maior parte poderia sim, ter acontecido no mundo real. As personagens tropeçam o tempo todo, cambaleiam e tentam manter-se de pé. Até a personagem válvula de escape humorística, Saul, é engraçada na medida certa, sem assim se tornar caricata. A sensação após o último frame é de uma leve depressão típica de luto, mas não creio que seja pelo final da série, mas sim pelo fato de não estarmos acostumados a finais imperfeitos, sem o “felizes para sempre”. Bem vindos à um novo mundo, onde “Bad could be Good!