Após o primeiro dia para lá de produtivo, planejamos acordar cedo no sábado e ficarmos o maior tempo possível no FIQ.
Até porque logo as 10 da matina havia uma sessão de autógrafo com George Pérez a lenda viva dos quadrinhos e um dos ídolos desse deceneco que vos escreve.
Mas claro que antes disso precisávamos tomar nosso café a manhã, por isso antes passamosna nossa base alimentícia: o Mercado Municipal de BH. Nessa refeição evitamos o torresmo e a cerveja o que não significa que tenha sido um café da manhã saudável.
Café tomado, por volta das 9:00 já estávamos na Serraria Souza PINTO garantindo a senha para eu conseguir um autógrafo do Sr. Pérez. Além disso era um bom horário para ir as compras, pois estava bem tranquilo para caminhar por lá.
Dei uma geral, mas acabei não comprando lá muitas coisas, e essa acabou sendo meu comportamento durante todo o dia. Olhava e pensava, “Depois eu compro…” E esse “depois”acabou não acontecendo pois eu estava sempre de um lado para o outro, mais feliz que criança em loja de doces
Voltando à sessão de autógrafos, essa “zanzada” acabou me custando um lugar melhor na fila, mas ok, sem problemas com a senha em mãos ia demorar, mas o autógrafo na minha edição n ° 3 de Liga da Justiça versus Vingadores estava garantido! Durante a espera conheci algum dos integrantes do Quadrim, sempre de olho nas revistas na mão da galera e nas mais inusitadas reações dos fãs que abraçavam Pérez, e rolavam no chão após as assinaturas do artista.
Isso sempre com a senha na m… PUTAQUEOPARIL CADÊ A PORRA DA SENHA?! Já estava na reta final da fila quando percebi que havia perdido. Se já estava nervoso antes, dali em diante comecei a tremer feito vara-verde, derrubando dinheiro, revista e tudo mais enquanto tentava achar a senha desesperadamente.
Falei com um dos organizadores da fila que havia perdido a senha, e ele disse que nada podia fazer, sem ela sem autógrafo (voltaremos a esse cara no fim do texto) mas continuei na fila na esperança de encontrá-la a tempo.
Minha raiva maior nem era por ficar sem a assinatura já que haveriam outras sessões durante o dia,era mais pela minha burrice e falta de atenção .
A vez chegou e a senha não apareceu, mas graças ao Intragável e a patroa que estavam fora da fila esperando para tirar fotos e acabaram fazendo amizade com um dos voluntários do evento e a um dos organizadores mais compreensivos consegui meu objetivo.
E se só pelo mito que é Pérez o autógrafo já valia muito, se tornou mais valioso ao vermos a disposição e simpatia dele mesmo com um problema em um dos olhos, o tornou ainda mais precioso.
Além disso o desenhista protagonizou um dos momentos mais emocionante no painel que participou mais tarde no mesmo dia. Quando perguntado sobre o que achava dos trabalhos dos desenhistas brasileiros que têm conquistado o mercado americano Pérez elogiou bastante nossos compatriotas dizendo que alguns deles elevaram o nível competição.
E que nem por isso ele encarava isso como uma ameaçados desenhistas veteranos para essa concorrência, pois na visão dele há espaço no mercado para todos aqueles que como ele dão tudo de si ao desenhar uma história conseguindo passar para o leitor essa sensação.
O desenhista brasileiro Daniel HDR que estava no palco ao lado de Pérez ao ouvir essa declaração chorou, segundo o próprio disse mais tarde, como uma “menininha” enquanto todo auditório aplaudia em peso.
Opa! Outro texto longo pra caraleo! E nem falei dos painéis que assistimos e não consegui voltar ao ” simpático” cidadão que me barrou na fila.
Me desculpem, mas vai ter que ter que haver um terceiro post…