O segundo grande arco envolvendo a bat-família nos Novos 52 chegou ao fim aqui no Brasil no mês passado em Batman 17.
Essa saga nos EUA foi sucesso de público e crítica e consagrou de vez Scott Snyder como um dos principais escritores da DC.
A trama traz a primeira aparição do Coringa nesse reformulado universo pós-Flashpoint em uma nova roupagem, que segundo Snyder e o desenhista Greg Capulloo seria a versão mais assustadora do arqui-inimigo do Homem Morcego já vista nos quadrinhos.
A começar pelo visual, já que o Coringa agora usa seu rosto (que fora arrancado no princípio dos Novos 52 a pedido do próprio ) amarrado como uma máscara e chegando a um ambicioso plano que pretendia eliminar todos os aliados mais próximos do Batman, pois na visão do vilão eles acabam enfraquecendo o herói deixando o jogo menos interessante para ele.
Fica evidente a intenção de fazer do vilão uma espécie de força da natureza, algo semelhante à versão cinematográfica que Heath Ledger nos entregou em ” Batman O Cavaleiro das Trevas”.
Mas se no filme funcionou muito bem, não posso dizer o mesmo dos quadrinhos. Não sei se por conta das altas expectativas, mas não consegui comprar a idéia desse novo Coringa. Na tentativa de aumentar o nível de ameaça do vilão Snyder acabou forçando demais a mão, mandando para as picas o conceito de suspenção de descrenças mesmo para uma história em quadrinhos.
Lendo todas as histórias de todos títulos envolvidos na trama, fica a impressão que temos uns oito Coringas espalhados por ela, dada a onipresença do personagem e a complexidade de seus planos. Outro ponto na trama que me incomodou foi o escancarar da relação de “duas faces da mesma moeda” entre Batman e o Coringa. Outras histórias conseguiram melhores resultado tratando o tema de maneira menos explícita.
Minha avaliação só não é pior porque, ao contrário da maioria dos leitores, gostei da edição que encerra a trama, mesmo reconhecendo que Snyder deu uma refugada não entregando o final impactante prometido. Mas a “DR” entre Batman e Coringa nas páginas finais, talvez seja o único ponto de ” A Morte da Família” a integrar a mitologia do confronto entre os personagens.
Mas a pergunta que não quer calar: Por que o lance da cara arrancada do Coringa? Há um arremedo de explicação no capítulo final, mas fora ele a única resposta que consigo pensar é para questão é : ” vamos arrancar a lata do Coringa que a molecada vai pirar!”
E pior que aparentemente funcionou…
Nota:
6,5 risadas do palhaço, do Coringa, do palhaço, do Jóker o palhaço.
De 10 risadas do palhaço, do Coringa, do palhaço, do Jóker o palhaço disponível.
Boa analise, do ponto de vista estético tem razão, não fundo e nem muito fundamento a este Coringa mesmo não. Mas vamos ver…
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