Mesmo sabendo da péssima recepção da crítica e público de “Apenas Deus Perdoa” decidi assistir quando o encontrei passando em um canal aí.
Afinal era um filme do diretor Nicolas Winding Refn estrelado pelo ator Ryan Gosling com a repetição da parceria que resultou em um dos meus filmes recentes favoritos “Drive”.
Não era possível ser tão ruim assim.E realmente não é. É MUITO PIOR!
Achei que era o caso de um filme mal-compreendido, até porque mesmo “Drive” que foi aclamado pela crítica não é lá um filme muito “fácil”. Mas não, não é isso! A única incompreensão aqui é que diabo os caras estavam pensando quando realizaram essa bomba?!
A trama parece simples: Em Bangkok Julian dirige com seu irmão uma academia de boxes tailandês, que serve de fachada para os negócios sujos de uma organizaçào criminoso comandada pela mãe deles. Quando o irmão dele assassina uma prostituta de menor e é morto em seguida pela ação de um policial aposentado conhecido como “Anjo da Vingança”, a mãe de Julian vai até Bangkok para obrigá-lo a vingar a morte do irmão.
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Simples! Mas no filme ela é apresentada de maneira tão inteligível, que alguns dos detalhes eu só descobri quando pesquisei sobre o filme para esse post. E não é por conta de maluquices visuais ou experimentalismo do diretor.É porque todos os personagens do filme parecem zumbis fumadores de crack.Não estou falando da atuação em si, mas do construção e motivações dos personagens.
O protagonista parece que passa o filme todo com uma sonda injetando morfina na veia tamanha a apatia ( e talvez Gosling tenha usado mesmo para participar do filme) e o tal “Anjo da Vingança” se move e mata e atua como um Jason Voorhees na forma de um tiozão tailândes que parece sacar (do mesmo lugar que o Batema guarda o escudo) uma espada para cortar os braços dos outros, para em seguida ir aliviar o stress em um bar de karaokês.
É um filme “de doente”, mas não do tipo que eu costumo gostar, e um filme bizarro, mal feito, com uma trilha sonora de elevador de um muquifo em Hong-Kong e com uma edição sem pé nem cabeça e arrastada.
E olha que tentei gostar do filme, lutei bravamente para conseguir vê-lo até o fim na esperança que até o final alguma coisa nele fizesse sentido. Vi até alguns trechos dele depois, imaginando que talvez eu na minha burrice não tenha entendido a genialidade do filme.
Mas não! Ele é ruim mesmo, de fazer cair o CÚ do CÚ! Ele pega tudo que tinha de bom em “Drive”e acelera fundo na direção oposta.Pega elementos que apenas pontuavam uma bom filme (a violência exagerada, a economia nos diálogos e o clima de estranheza) e fez um filme merda calcado apenas neles.
Tenho certeza que todo cara que resenhou essa bomba encerrou o texto com a mesma frase que eu vou encerrar, mas honestamente não dá para evitar:
NEM DEUS PERDOA OS RESPONSÁVEIS POR ESSE FILME!