Leitura de Trem: The Omega Men

Talvez por ter começado a ler quadrinhos na época dos formatinhos da Abril, tempo em que o que era publicado aqui tinha uns 4 ou 5 anos de atraso, ao contrário do 1 ano e pouco de agora com a Panini, não costumo correr para acompanhar os quadrinhos mensais no ritmo que sai nos EUA. #euresolviesperar.

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Mas vez ou outra o hype em torno de algum título me faz importar uma coisa ou outra para ver qualé. É o caso de Omega Men que veem recebendo muitas críticas positivas lá fora (apesar das baixas vendas) e causou  furor quando a DC anunciou seu cancelamento precoce. Tanto furor que a editora fez algo raro: reconheceu seu erro e garantiu pelo menos as 12 edições previstas.

Os Omega Men surgiram na década de 80 na revista do Lanterna Verde e tiveram até título próprio, mas talvez  só sejam um pouco conhecidos dos leitores de quadrinhos por conta do Lobo ter aparecido pela primeira vez em uma história deles.

O resgaste desse obscuro grupo é um dos títulos que veio junto com o DC You, a iniciativa da editora que buscava diversificar os títulos mensais  e privilegiar as histórias afrouxando as amarras da cronologia. Não li nada do DC You além das  3 primeiras edições de Omega Men, mas se nas outras revistas estiverem seguindo essa mesma linha vejo porque a crítica anda incensando essa nova fase da DC.

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Omega Men realmente  se parece muito pouco com o que a editora vinha publicando nos Novos 52 e até antes dele. Para falar a verdade nem  parece se passar dentro do universo regular da DC. Tirando a presença de  Kyle Rayner  desde a primeira edição a trama envolvendo política e religião que se passa no distante sistema Vega,  mas que facilmente encontramos paralelos em nossa realidade, poderia tranquilamente  estar sob o selo da Vertigo ou saindo pela Image.

Não só pela abordagem  da trama, mas também  pelo traço do artista Barnaby Bagenda  que foge do convencional  e ,principalmente, pela narrativa gráfica. Sabe quando você está vendo um filme e fica claro o estilo de um diretor e nos sentimos guiado por ele em cada tomada? A leitura de Omega Men me passou exatamente essa sensação.

É verdade que a primeira edição me decepcionou um pouco talvez por conta da expectativa elevada e do  previsível  desfecho do “polêmico” do preview divulgado mostrando os Omega Men com Rayner como refém:

Não é spoiler essa imagem a editora revelou como preview . Seria  spoiler se eu dissesse que … TÁ PAREI!

Mas é na edição 2 que o escritor da série Tom King mostra realmente a que veio deixando claro que no confronto entre os Omega Men contra o regime-tirânico religioso da Cidadela, tem muito pouco da tradicional batalha entre mocinhos e bandidos que encontramos nos quadrinhos de super-herói. Está mais para aquele cinza bem turvo que costumamos ver nos noticiários da política nacional/internacional no nosso dia a dia.

Escrever mais detalhes acabariam estragando a sua leitura da trama. E VÁ ATRÁS PARA LER! Se você domina o inglês e couber no seu orçamento e vá até o Comixology e adquira as edições de Omega Men lá para apoiar e ver se a série ganha uma sobre-vida após a edição doze. Incrível ela ser considerada pela crítica como uma das melhores coisas (se não a melhor) do DC You e isso não se reverter em vendas…

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Se não tem condições ou não manjas do inglês vá atrás de Omega Men por aí nessa internet grande sem porteira. Até porque duvido muito que isso seja publicado por aqui um dia.

Nota

8 Bolivaristas intergaláticos

De 10 Bolivaristas intergaláticos possíveis.

E um grande para o pessoal do Darkseid Club!

Uma resposta em “Leitura de Trem: The Omega Men

  1. Pingback: Leitura de Trem: Visão | Uatafókin is This!!!

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