Espalhados por esse blog semi-abandonado você vai encontrar vários textos meus malhando o que a Marvel fez nos últimos 20 anos com o Homem-Aranha nos quadrinhos, principalmente na época do tal “Homem-Aranha Superior”
Nos textos fica claro que fui desistindo de acompanhar o personagem, simplesmente encarei que o meu outrora personagem favorito não era mais para mim e desisti até de reclamar que a editora fazia com ele.
Daí começou a a me chamar a atenção as notícias sobre uma maxi-série que estava sendo publicada lá fora que reuniria centenas de Homens-Aranhas, de versões alternativas dos quadrinhos à aparições em outras mídias, em uma batalha multiversal pela sobrevivência.
Que apelativo né? Mas porra! Mesmo sendo um velho amargo tem como não querer ler isso?
E lá fui eu, após uns 15 anos, até a banca de jornal para comprar um gibi do Aranha, no caso a primeira edição de Aranhaverso lançada no final do ano passado aqui pela Panini. Tinha a preocupação de ficar perdido na trama pelo tempo sem ler nada do Cabeça de Teia, mas uma breve introdução já serve para por a história para rolar sem ter que se preocupar com o que vinha acontecendo na série mensal do personagem.
Para meu desgosto, a trama começa protagonizada pelo grande Oquinho durante sua “estadia” pelo corpo de Peter Parker. Sei que essa fase passou e atualmente (como já era o esperado) Parker está de volta ao comando, mas é uma idéia que eu não consigo engolir mesmo agora. Sim, li muitas críticas positivas e o fato do Homem Aranha Superior e ser o escolhido para reunir e liderar os Aranhas pelo multiverso mostra que realmente ele acabou se tornando popular entre os leitores. Mas ainda não me desce a idéia do Aranhatopus, apesar de reconhecer que funcionou bem utilizar uma troca temporal ocorrida entre ele e o Homem Aranha 2099 ocorrida no título mensal para dar início a trama.
Na tentativa de voltar para sua época o Homem Aranha “Superior” acaba visitando outras Terras do multiverso Marvel por acidente onde descobre que os Homens Aranhas dessas realidades estão sendo caçados e chacinados por poderosos inimigos.Então o “herói” resolve reunir suas outras contra-partes para que se organizem e evitem que todos sejam destruídos.
E aí que está o grande barato de Aranhaverso: além dessa trama principal que coloca uma cacetada de Homens Aranhas agindo junto, ainda há histórias solos mostrando um pouco mais de alguns deles. Da recém criada e badalada Spider Gwen, passando pelo Homem Aranha Noir e indo até em uma versão sinistra em que o herói é mais aranha do que homem, somos apresentados a diversas releituras em que os criadores tem quase que carta branca para reivenntar a origem e as motivações do personagem. Isso também se reflete positivamente na arte que varia conforme o universo em que cada Aranha vive.
A série se dividirá nas edições bimestrais de Aranhaverso e na mensal O Espetacular Homem-Aranha partindo do número 6, e após ler essa primeira edição vou seguir acompanhando. Não é nada fora da curva, ma para quem foi/é fã do Homem-Aranha a diversão é certa.
Fez esse velho amargo aqui se sentir um pouco como o menino de 11 anos que foi a banca comprou a edição 71 de Homem-Aranha e iniciou sua carreira de juntador de papel leitor quadrinhos.
Nota
6,5 Porcos-Aranhas que não é o Porco-Aranha do longa metragens dos Simpsons
De 10 Porcos-Aranhas que não é o Porco-Aranha do longa metragens dos Simpsons disponíveis.