No ano passado escrevi aqui um review da primeira edição brasileira de X-O Manowar e dei uma nota até alta empolgado com a arte e com o potencial dos personagens. Mas passadas algumas edições confesso que já estava para desistir dos personagens da Valiant, um pouco decepcionado por não estar vendo nada lá muito diferente do tradicional visto nas duas grandes editoras.
Mas o fato de ser um verme falou mais alto e não só continuei comprando a X-O Manowar como ainda arrisquei comprar os dois primeiros números de “Universo Valiant” dos personagens da Valiant Entertainement em terras brasileiras.
E após a leitura dessas duas edições fiquei feliz por não ter desistido desse universo.
O novo título mensal da HQM Editora traz dois títulos oriundo da X-O Manowar: o mercenário quase indestrutível Bloodshot e ” Harbinger” que traz Peter Stancheck um jovem atormentado e cheio de problemas, que é potencialmente um dos seres mais poderosos da Terra. E é esse último o ponto alto da revista.
A história em seu início tinha muito um jeitão de “X-Men”com Peter sendo recrutado por outro psiônico poderoso, o empresário multi-milionário Toyo Harada, que á frente da Fundação Harbinger ajuda outros jovens poderosos a controlarem/desenvolverem seus poderes. Quando tudo caminhava para aquele clichezão de “herói desajustado que reluta, mas acaba se unindo a um supergrupo para combater o mal” a trama toda deu uma guinada mostrando que as reais intenções do bom-samaritano Harada não eram nada nobres.
Nessas duas primeiras edições é que série engrena de vez, com Stanchek muito fragilizado, recuperando da sua fuga da fundação Harbinger ao lado de Zephyr, a gordinha-nerd super-poderosa que ganhou seus poderes graças a ele, e o encontro de ambos com Kris Hathaway, a ex-namorada de Stanchek (ou melhor: ex-vítima dele já que logo no início da história ele mexeu na mente dela obrigando-a a se apaixonar por ele)
E é Kris que acaba se tornando a líder desse grupo partindo com os outros dois na busca de outros jovens com super-poderes latentes para poderem bater de frente contra o império mundial de Harada. Por essa sinopse mal pode não parecer nada de mais, mas gostei bastante do desenvolvimento dos personagens principais e, principalmente, a ambientação pessimista e conspiratória da série. Lembra muito iniciativas como as do “Novo Universo Marvel” , “Universo Ultimate” e “DC Terra 1” de tentar aproximar um universo super-heróico do nosso real, mas o roteiro de Joshua Dysart em Harbinger consegue se diferenciar por não precisar carregar aquele peso de uma cronologia de 70 anos.
Bloodshot é muito bom também, não vou entrar em detalhes porque o texto já está muito longo( e há muito tempo nos rascunhos desse blog e eu já não aguento mais ele me assombrando). E logo as duas séries irão se cruzar no primeiro crossover da Valiant o “Harbinger Wars”
A única crítica fica por conta da qualidade da arte os desenhos de Harbinger que eram os destaques nas primeiras edições caíram bastante na substituição do desenhista Khary Evans por outros artistas, mas nada que chegue a incomodar.
Nota 7,5 Strippers incendiárias
De 10 Strippers incendiárias disponíveis.
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