Uma ressalva que eu faço sempre aos filmes dos filmes Marvel Studios, é que apesar de serem extremamente bem-feitos e divertidos sempre falta um pouquinho de profundidade na trama, o que é natural dentro do gênero de super-heróis em geral, salvo raras exceções.
Capitão América- O Soldado Invernal ousa em se arriscar nessa direção e ao mesmo tempo que pode ser a pedra fundamental dessa mudança em todo universo cinematográfico da Marvel.
Bom, como quem avisa amigo é, toma aí:
Como disse o caro colega ( e único redator ativo do blog fora eu) @Porconauta o maior mérito desse segundo filme do Capetão foi a ousadia do Marvel Studio “mexer em time que está ganhando”. Eles podiam ter simplesmente ter repetido sua fórmula mágica de ação, fan-service e roteiros redondo, que mesmo em seu filmes mais fracos (os primeiros filmes do Thor e Capitão América) funcionou muito bem em termos de fazer valer o valor do ingresso do público.
Mas eles foram além: não só fizeram o filme em cima de uma trama de conspiração muito bem armada como soltaram uma tremenda bomba que deve influenciar todos os filmes da Marvel daqui em diante: A S.H.I.E.L.D., elo de ligação entre todas as produções do estúdio, era internamente controlada pela Hydra (organização criminosa controlada pelo Caveira Vermelha no primeiro filme e velha conhecida dos leitores de quadrinhos).
Essa mudança bem construída do status quo por si só já garantiria ao filme um lugar entre os melhores filmes da Marvel, mas Capitão América e o Soldado Invernal ainda entrega boas atuações de todo seu elenco e cenas de ação que talvez rivalizem com “Os Vingadores”em termos de grandiosidade . Na hora da porradaria, temos na tela um Steve Rogers muito semelhante ao dos quadrinhos, mostrando o porquê de um humano “quase normal” ser o líder dos “heróis mais poderosos da Terra”. E mesmo que Chris Evans não seja nenhum primor em termos de atuação, e até por dividir às atenções do filme com os excelentes coadjuvantes (Viúva Negra,Falcão, Maria Hill e Nick Fury e até o próprio Soldado Invernal) ele não chega a incomodar.
Mas se tivéssemos um protagonista do nível de Robert Downey Jr. o posto de melhor filme solo de super-heróis do Marvel Studios ,que o primeiro Homem de Ferro ainda mantém, poderia tranquilamente passar para essa nova aventura do Capitão.
Se o filme tem um problema ele mora na velha máxima de que : “A expectativa é a mãe da merda” já que a babação de ovo, também presente nesse texto, tem sido regra em todas as resenhas do filme. E por mais que todas elas sejam justificadas ainda faltou um pouco para que essa nova aventura do Capetão rompesse a barreira do gênero e conseguisse emplacar um lugarzinho entre os grandes filmes do cinema.
Mas faltou pouco, muito pouco. E graças à esse filme muito bem dirigido pelos Irmão Russo os filmes da Marvel Studios nunca estiveram tão próximos de alcançar esse patamar.
Mas o primeiro passo para isso já foi dado.
Pingback: Cinefókin: Vingadores – A Era de Ultron | Uatafókin is This!!!